terça-feira, 23 de abril de 2024

 Um bom amigo me ensina a sorrir dos meus erros, acertos, bênçãos, confusões e ilações.


E eu sigo vivendo como quem voa em um cavalo alado com asas de cera, chegando perto do sol.


Vou tropeçando, caindo, lançado em noites vazias, salto no escuro, paraquedas de lençol.


E o bom amigo me diz: “deixe de besteira”, cuidemos, andemos, pois ainda teremos aquele lugar ao sol.


Mas, que lugar seria esse, onde o sol não te destrói?

Qual seria o interesse, em uma vida que não dói?


Eu prefiro andar sozinho, tropeçar no meu caminho, que fingir eterna paz.

Pois na vida passarinho, bate asas e sai do ninho vai viver seu blues e jáz.


O bom amigo me explica o saldo do santo, o lucro do pecador, ponteiros, soluços, soluções.


Eu sigo tentando cuidar do espaço, no rumo do vácuo, no rastro de luz, estrelas de farol.


Vou aumentando a velocidade, na tarde do medo que invento, contemplo, me ausento, sou parte do anzol.


O bom amigo conjuga: pra frente pessoa, prepare a alma, ignore Saturno, que o retorno é o sol.


Que calor humano é esse, que abraça e/o que destrói?

Qual futuro pertence a este mundo que desata nós?


Eu prefiro andar sozinho, tropeçar no meu caminho, que fingir terno e jaz.

Pois na vida passarinho, bate asas e cria ninho vai viver um blues e paz.

 O nosso lance, tao vogal

Ja nao esta mais como antes

Nem consoantes, nem varal

É... lembra? Pensamos em tudo

Como chegamos tao fundo?

Afogamos tbm o amor


Era lindo o ritmo, imoral

A vista sempre antes

Nunca semblantes, sempre astral

Ai, lembra? Dos momentos mudos?

Só se ouviam surdos

As peles em tambor


Esse choro baixinho

É pra nao te acordar

Deito só, mas em par

A mente me ganha

 A bailarina dançou

Continua a dor no calcanhar

Mal sabe mais das pontas

Bem dos rodopios que a vida dá

Sem musica, sem luz

O som vem do futuro onde ela nao está

A bailarina dancou

Nao viu a hora passar

Nem sequer sabe das contas

Se é dia ou se faz sombra

Nao tem atino, nao faz cruz

Só se vê os pés descalcar

A bailarina dancou

Da plateia o sustentar

Mas ngm palmou as mudancas

O que sobrou foi a dança

Sem tom, sem brilho, só luz

Que nao vou apagar

 Tem sido complicado

O tempo que conto é o mesmo que livro

Cada nota denota mais que o sigilo

Tambem lembra o risco, cravado


Sinto complicado

A lua me lembra da luz imprópria

O morro das curvas ingratas da história 

Mural de tortas cordas, calado


Muito complicado

Nas noites longas de olhos fechados

Nos dias curtos de fôlego amparado

Apenas o enfado, chato, com gole tragado


Mais só.. complicado

A vida retorna a cada Março

Mente que Abril já está datado

Mal sabe do que faço

Cada noite deitado

Todo resto de laço

Cai na cama ao lado


Complicado

sábado, 13 de maio de 2023

 Logo o por do sol retornará pra tras da pedra branca

O calor dissipará cada passo de nós que insiste na lembrança

Nao sei o que sera do dia

Só sei que disfarçarei

Quem sabe a luz que me guia

Reflete um lance teu

Nem que seja pra reclamar da vida

Pois sei, que é dificil seguir

Quando se ama alem da melancolia

Se quer o bem, mesmo no fim

Ô memoria me traz o presente, me traz a ilusao

Preciso continuar caminhando mesmo sem chao

Sou cada causa, cada consequencia do meu viver

Espero, de coraçao pra coraçao, que passe esse sofrer

 A bailarina dancou

Continua a dor no calcanhar

Mal sabe mais das pontas

Bem dos rodopios que a vida da

Sem musica, sem luz

O som vem do futuro onde ela nao esta


A bailarina dancou

Nao viu a hora passar

Nem sequer sabe das contas

Se é dia ou se faz sombra

Nao tem atino, nao faz cruz

Só se ve os pés descalcar


A bailarina dancou

Da plateia tira o sustentar

Mas ngm palmou as mudancas

O que sobrou foi a danca

Sem tom, sem brilho, só luz

Que nao vou apagar

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

 Cada ser inventa o dia

Cada agua cria seu mar

Um pouco fácil entender

Quem nasceu pra chorar

O morro continua la


Aqui não existe linha reta

Aqui só existe alto estar

O muito é o amanhecer

O sol lembrando de piscar

No pingar da lagrima