Cada ser inventa o dia
Cada agua cria seu mar
Um pouco fácil entender
Quem nasceu pra chorar
O morro continua la
Aqui não existe linha reta
Aqui só existe alto estar
O muito é o amanhecer
O sol lembrando de piscar
No pingar da lagrima
Tentava pintar dias cinzas com esse blues
Achava minha rotina descolada demais
Ela tinha o zelo de confiar em exceçoes
Brinde aos ajustes depois do sermao
Mas Deus sabia tudo e ja nao tinha esperança
Com tempo fui tornando sua imagem e semelhança
Perder é tao humano quando a vitoria nao é minha
Queria dizer bem mais que a ponta da lingua
Mas profundo fui
Nao enxerguei o raso
Do que restou sou o rastro
Mais pro fundo fui
Nao alcancei o raso
Do que restou sou o rastro
Meu bem vindo a geraçao
Que consumiu ate consumar
A falta de cada sigilo
As saudades, todo sal
Daquelas aguas de amar
Meu bem, vim da geraçao
Que salvaria teu tumor
Mas destruiçao do ninho
Explica o ciclo das
Magoas afogarem o lar
Nessa idadee só se adoece
Nao se adolesce mais
Nessas cidades o sol nao aquece
Apenas queima mais
Apenas queima
Do que adianta a chuva molhar o sol
Se os olhos ja estao fechado pro ceu
Ontem o vento direcionou todo voar
Mas os pes continuam ao chao, quer ficar
Motivos retornam pra relembrar
O quanto que o tudo chegou a pesar
Onde voce se deixou
Passou do fim, passou a cor
O tempo entendeu o que nos custa notar
A confusao do clima no ar
Onde ficou meu amor
Perto de mim, perto da dor
Verde como um azul
Pinheiro de mundo ao fundo
Pia passarinho mergulhao
Piá voando no chao
Quase deixa surdo
Não mudo
O coração é que é duro
Meio amargo, meio bumbo
Mas sente o curso normal
No domingo torna imortal
O que quase deixa surdo
Nao mudo
Só muda em crescimento
Da flor que nasce sem vento
No sol desse momento
Sobre o espinho
O nosso amor, tao vogal
Ja nao esta como antes
Nem mais consoantes no mesmo universo
Lembra como pensamos no tudo
Como chegamos tao fundo
O afogo de tanto amor
Era lindo, o ritmo imoral
A vista sempre veio antes
Nunca os semblantes dos novos imersos
Lembra dos momentos mudos?
Só se ouvia os surdos
Do peito insufuciente em cor
Esse chorinho, baixinho
É pra nao te acordar
Deito só, mas em par
A mente engana o olhar
Pra lagrima secar a visao