segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

 Cada ser inventa o dia

Cada agua cria seu mar

Um pouco fácil entender

Quem nasceu pra chorar

O morro continua la


Aqui não existe linha reta

Aqui só existe alto estar

O muito é o amanhecer

O sol lembrando de piscar

No pingar da lagrima

 O grato anda em graça

Sorri dicas de melodia

Ajusta o tom do dia

Confere a luz da cifra

Recebe o açoite da lua

Passa um brilho na letra

Até consciência pesar a caneta

Marcando melancolia

É quando a rima vira o chao

Transforma teto em paredes

Rodovias em lembretes

Métricas  em macetes

O resto é poesia

 Tentava pintar dias cinzas com esse blues

Achava minha rotina descolada demais

Ela tinha o zelo de confiar em exceçoes

Brinde aos ajustes depois do sermao

Mas Deus sabia tudo e ja nao tinha esperança

Com tempo fui tornando sua imagem e semelhança

Perder é tao humano quando a vitoria nao é minha

Queria dizer bem mais que a ponta da lingua

Mas profundo fui

Nao enxerguei o raso

Do que restou sou o rastro

Mais pro fundo fui

Nao alcancei o raso

Do que restou sou o rastro

 Meu bem vindo a geraçao

Que consumiu ate consumar

A falta de cada sigilo

As saudades, todo sal

Daquelas aguas de amar


Meu bem, vim da geraçao

Que salvaria teu tumor

Mas destruiçao do ninho

Explica o ciclo das

Magoas afogarem o lar


Nessa idadee só se adoece

Nao se adolesce mais

Nessas cidades o sol nao aquece

Apenas queima mais

Apenas queima

 Do que adianta a chuva molhar o sol

Se os olhos ja estao fechado pro ceu

Ontem o vento direcionou todo voar

Mas os pes continuam ao chao, quer ficar

Motivos retornam pra relembrar

O quanto que o tudo chegou a pesar

Onde voce se deixou

Passou do fim, passou a cor

O tempo entendeu o que nos custa notar

A confusao do clima no ar

Onde ficou meu amor

Perto de mim, perto da dor

 Verde como um azul

Pinheiro de mundo ao fundo

Pia passarinho mergulhao

Piá voando no chao

Quase deixa surdo 

Não mudo


O coração é que é duro

Meio amargo, meio bumbo

Mas sente o curso normal

No domingo torna imortal

O que quase deixa surdo

Nao mudo


Só muda em crescimento

Da flor que nasce sem vento

No sol desse momento

Sobre o espinho

 O nosso amor, tao vogal

Ja nao esta como antes

Nem mais consoantes no mesmo universo

Lembra como pensamos no tudo

Como chegamos tao fundo

O afogo de tanto amor


Era lindo, o ritmo imoral

A vista sempre veio antes

Nunca os semblantes dos novos imersos

Lembra dos momentos mudos?

Só se ouvia os surdos

Do peito insufuciente em cor


Esse chorinho, baixinho

É pra nao te acordar

Deito só, mas em par

A mente engana o olhar

Pra lagrima secar a visao