quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Certa Vez

O que eu disse quando falou pra ouvir
Não entendi a palavra que podia trazer você aqui
Agora entendo o ego machucado de anjo
Olhando o doloroso redor tentando achar um arranjo
Certa vez encontrei o nada

Lembrei de mãe, do jeito que parecia confusa
Diante de diálogos que feriam sua religiosa luta
Diante de seu filho pensante anormal
Lembrei de mãe, tão doce, que faz do açúcar um simples sal
Certa vez encontrei o nada

Comecei a diagnosticar a esquizofrenia política
O medo e espelho do povo em apontar o que não podia
Já que seus atos não constavam com o que criticava
Mais uma vez percebi que o ser humano, se vivo, se mata
Certa vez encontrei o nada

Certa vez encontrei o nada
Tudo era maior que eu esperava
Certa vez encontrei o tudo
Nada então perdeu a graça

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Primão


A vida sem idade foi sua escolha
O extremo em qualquer pedaço de folha
O respeito e admiração de um menino
Que espelha seus ideais e vícios

Uma incansável palestra a cada conversa
Conquistando loucuras de forma modesta
Argumentando com sua doença sobre o ser
Procurando uma saída pra viver

Mas agora entendi primão
O motivo de não ver seu caixão
É que você não morreu não

Seria capaz de tudo, com uma condição
De alguma forma te encontrar bem loucão
Pra acabarmos outra vez com o Natal
E começarmos mais uma história banal

Mas agora entendi primão
O motivo de não ver seu caixão
É que você não se foi não