segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Diante de um quadro comum, a mim pressiono. Não sei o motivo de um quarto tão sólido ser tão abstrato de energia. Quanto mais o tempo passa, passarinhos se aproximam dessa janela criativa. Passarão, assim como os amigos que aqui abraço sem precisar lembrar. O fato da obediência bater na porta as 7:10 da manhã já não me dá motivos pra preocupar. Sou simplesmente pensante por causa dessa matina, obrigado! Obrigado pelos longos risos de lágrimas chorados em cima de um violão e um entardecer.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Moleque

Logo se vê o trem voltou
Perto da mesma estação
Onde o apartamento
Parou o coração
Fauze mais uma vez
A divina proteção
Do moleque engatilhando
No sobradinho do irmão

Quem diria o dorminhoco
Crescer no meio da roda
Que tem o blues do caboclo
E o rock de Barbosa
Calçará 36
Pra saber o que é emoção
É que o sentir do andado
É perder linha de mão

Com o diploma de sofrer
Virão as reflexões
Do que foi feito a vida?
Quem são os anciões?
E é bem nessa hora
Da oficina do acaso
Que daremos um abraço
Pra arte fechar a equação




quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Capa Preta Furada

Aposto que está tarde
Mas não sei direito o que é dormir
Há tempos não nos deixamos partir
O dia morreu sem alarde
Sobrou apenas a capa preta furada
E cachos brigando por água

Na janta nossa consciência
Com muito tempero e requentada
Ainda gostosa, mas coalhada
Ao final, as reticências
Os bits esperam uma definição
A música de ontem um refrão

E assim vai...
Somos escravos, donos, serventes, patronos
Da simplicidade dessa possibilidade de felicidade

domingo, 11 de agosto de 2013

Bonfim

Eu lutei pelo seu apreço Combati olhos de desprezo Contornei os seus ideais Eu andei pra trás pra prosseguir
Eu chorei pra ver seu sorriso Esmaguei desejos ressentidos E pensei, nunca mais vou pensar Eu vou é passar por cima de mim
Acreditei que a mente ria sonhei que a cor daria Levantei pra você se encostar Até no calcanhar uma dor surgir
Despertou o que eu mais temia Escorreu Tudo que eu prendia E falei, nunca mais vou falar Muito menos tentar a gostar tanto assim
Desabei o tempo é maior que eu Desisti melhor entregar (a)Deus Compreendi fácil é começar E o de novo virá em forma de fim.

sábado, 25 de maio de 2013

Há amor

Meus ouvidos não me deixam
Calar a minha mente
Meus amigos não me deixam
Pensar um pouco em nós

Acho que preciso

Da janela do meu quarto
O dia nasce bonito
Uma pena que ao meu lado
Só há o ar que respiro

Acho que preciso
De uma invenção
Que me dê razão
Pra continuar
A acreditar

Que há amor

Música pra mãe

Tanto trabalho, tanto suor
De quem correu depressa
Com um sonho no meio das costas
Sem sequer uma panela

O troféu dentro do bolso
Bendita alteração
Com dois frutos perto do rosto
Vindos da criação

Ô mulher, se tu soubesses a poesia que tem
Não levaria desaforo, de quem não te quer além
Ô mulher, se tu soubesses a poesia que tem
A felicidade te abraçaria como convém

Tanta paz, tanto abraço
Pra quem correu depressa
Carregou os frutos nas costas
Movendo próprias peças

O troféu já rendeu
Agora é deitar
Viciar em coisas simples
Deixar a brisa passar

Ô mulher, se tu soubesses a poesia que tem
Não levaria desaforo, de quem não te quer além
Ô mulher, se tu soubesses a poesia que tem
A felicidade te abraçaria como convém

domingo, 24 de março de 2013

Idéia


Pra quê ter a pureza de um feto
E mentir a mentira, sendo sincero
Tentando o nascimento de uma idéia
Diante de uma ressaca alcoólica e poética

Conseguindo chegar a um ponto próprio
Onde o tempo não liga pro relógio
Perto do local que atrasei aquele dia
Maldita idéia de escrever a teimosia

Agora entendo a origem dos velhos clichês
O infeliz do preocupado não faz por querer
Tem muita pressa pra que chegue logo
Mas na chegada, afobado, esquece o propósito

quinta-feira, 21 de março de 2013

Samba a sua Elite

Mas que samba é esse
De que está a falar
Pede café sem leite
Pra tentar disfarçar

Quando na verdade
Quer ver garganta ralar
Da elite que prega humildade
Mas não põe o ouvido a casar

A casar, pra criar, procriar

Essa roda é homenagem
À Minha Popular Boemia
Que já fez algumas viagens
Que já tem muita regalia

Sem tirar o ciso
Mais que merecido nascer
Só quero bola no piso
Se o café pingar ao descer

Ao descer, deixe ser, deixe-o viver!