sexta-feira, 27 de abril de 2018


Nesse verso composto d’água
Antiversão mais crua de mim
Entregue à sobriedade
Tempo seco, cruel, sal, idade
Preciso dum botequim
Molhar diminuto meu sertão
Perder a hora, olhar o não
Passar por cima daqui

O clima me tira fumaça
Das trocas dentro de mim
Sócio sem sociedade
Sozinho assim, sacio a saudade
Ah, com o anseio de cada sim
A vida cobra a dividida sobra
Que migalho com fome da história
De segurar o fim



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