segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Nascemos sábios

Sentado hoje comecei a conversar
Com uma velha mulher, que disparava a falar
Orgulhosa do tempo de nova
Sempre dava certo revolução nas suas histórias
Que inveja, senhora!

Questionou a importância da música
Falando que hoje não existe cultura
Logo discordei, meio sem educação
A falta de cultura é cultura, não?
Calma, senhora!

Sinceramente, não consigo entender
Acho que nascemos sábios e burros ao morrer
Honestamente, não preciso perguntar
O que fez hoje pro seu mundo mudar

A conversa devagar se alastrou
Política, drogas, religião e errou
Ecoando algo sobre sua boa educação
Falava-se menos e ouvia mais som
Não, não, senhora!

A boa educação está em respeitar
Por, mastigar, engolir, respirar, falar
Sempre cale se confundir
Pregue a paz até na cabeça antes de ferir
Vamos, senhora!

Sinceramente, não consigo entender
Acho que nascemos sábios e burros ao morrer
Honestamente, não preciso perguntar
O que fez hoje pro seu mundo mudar

Ela achou falta de respeito
Não falou que eu tinha razão, por medo
Medo de arruinar o que construiu
Um papagaio preso no fundo do funil
Que pena, senhora!

Terminei com real respeito por sua época
Gana, arte, ideais, guerra!
Porém, quero ser mais seres
Acredito que divisão, multiplica poderes
Idade é só número, senhora!

Sinceramente, não consigo entender
Acho que nascemos sábios e burros ao morrer
Honestamente, não preciso perguntar
O que fez hoje pro seu mundo mudar

Vamos passar os anos sem o funil aparecer
Sabemos que educação é querer
Portanto, eduque sua mente
Antes que se torne mais um inconveniente
Nunca é tarde, senhora!

Achei que seria fácil ser alguém
Mas o dinheiro traz o "porém"
Como eu estava enganado...
Difícil é eu querer ser gênio sem passado!
Muito obrigado, senhora!

Sinceramente, não consigo entender
Acho que nascemos sábios e burros ao morrer
Honestamente, não preciso perguntar
O que fez hoje pro seu mundo mudar

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